
Me fizeram esta pergunta, então pensei que poderia ser um bom texto para meu blog, e aqui esta.
Meu estilo de produção musical está diretamente ligado à minha carreira como musico. Como sempre toquei rock, estilo que requer uma boa dose de sons analógicos, guitarras quentes, sons orgânicos, hoje não consigo fazer algo que soe artificial, digital.
Então não abro mão de algumas coisas, mesmo sendo uma pessoa aberta a novidades, e sempre me adaptando as novidades do mercado.
Na minha opinião, tudo tem que ser gravado através de um bom pré, valvulado ou não, dependendo do que for gravar.
Bateria tem que ser boa, ter as peles novas, e muito bem microfonada, e esquentada pelos prés, cada peça com seu devido pré. Para cada estilo de trabalho, também gosto de escolher qual bateria vou usar, por exemplo, para um disco de rock britânico, nada melhor que uma batera antiga com as peles porosas, foi o que fiz na produção do cd do apostolo Estevam, Inesquecível, aluguei uma Ludwig de 40 anos de idade e coloquei peles ambassador com bolas brancas. Já num som mais moderno, uma boa yamaha 9000, ou uma DW são indispensáveis.
O som do baixo fica bom, quando misturado o som de linha com o amplificados microfonado, os harmônicos gerados dão um resultado incrível.
Não preciso nem falar sobre guitarras, pra mim não existe plugins, nem pedaleiras digitais, pois elas emulam o som original do amplificados, mas não conseguem transmitir o calor e harmônicos dos bons amplis valvulados, mesmo assim, acabo usando algum emulador de ampli para gerar efeitos, por exemplo um drive num trecho de voz, e aí por diante. Guitarra tem que ser, Gibson, fender e Gretch, claro que existem outras marcas, mas me identifico com estas.
Violão somente microfonado, o pré amplificador dos violões, na minha produção, serve pra plugar no afinador, pois uso entre 2 e 5 microfones, dependendo do instrumento, então não vejo a necessidade. Alguns produtores preferem usar, pois dizemcque o pré deixa o som mais duro,case eu quiser um som mais duro, uso um microfone mais duro e um pré focusrite. Gosto do som do Gibson, mas também sou fan do martin.
Finalmente a voz, quando gravo, coloco sempre alguns microfones à disposição e gravo o mesmo trecho da música com cada microfone, depois identifico qual o melhor microfone para aquela voz, depois disso, passo aos testes dos pres, repito o mesmo procedimento, testando com o microfone selecionado, vários pres pra ver qual responde melhor. Depois desta etapa, passamos a gravação.
Tudo deve ser muito bem editado e afinado, quando o batera não tem muita pegada, posso usar samers para substituir ou somar com alguma peça que não tenha saído bem, mas isso é um recurso em caso de precisão.
Na mix priorizo os sons analógicos, passo algumas coisas nos racks de compressão e EQ, deixando apenas delays e reverbs para plugins. Acabo usando plugins de reverber pois não tenho tantas maquinas analógicas, mas quando temos tempo, posso gravar o efeito e usar a wave, ao invés de acionar plugins. Gosto de usar compressores e limiters em quiser todos os canais, para que a mix fique grande e não tenha picos de transientes, que venham a complicar a master,
Não tenho problemas em abusar dos side chains, vocaligns, duckins e outros recursos mais, tudo para obter uma mix limpa e clara.
Enfim a master, esta não gosto de por a mão, pois pelo menos nesta etapa final, é importante ter um outro ouvido que não esteja viciado no som, até mesmo para identificar alguma coisa que tenha deixado passar, falta ou excesso de freqüência, etc...
Bom, devo ter esquecido alguma coisa, mas acho que é mais ou menos por aí.
Fiquem com D-us, shalom